segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Reflexões

Leio muito o blog da Larissa e os comentários postados lá. E sobre o que ela postou no dia 29 me fez recordar um monte de coisas, de quando era criança Foi sem dúvida a pior fase da minha vida porque alguns colegas me maltratavam por causa de minha aparência. Sempre fui gordinha, minha natureza é ser fofinha o que estou tentando é ficar na forma mais magra e saudável possível. Colocavam em mim um monte de apelidos horríveis, alfinetes na minha cadeira parra eu sentar e me machucar, me excluíam de brincadeiras e grupos de estudo, sempre fui muito sozinha e sei que a grande vilã da história era minha forma física. Na verdade eu não sei onde entra essa valorização em ser magra, porque não valorizam o “ser saudável”. A gente vê um monte de histórias macabras de anorexias e bulimias, o extremo que chegam para alcançar o inalcançável. A ditadura da beleza impõe um padrão inatingível, isso é preocupante. Vão contra as marcas estipuladas pelos médicos porque muitas modelos estão abaixo do que se considera saudável, o IMC delas é baixíssimo. Muitas garotas tentam serem iguais a elas, essas modelos que em raríssimos casos são assim por natureza não precisam de muito para emagrecer, mas existem aquelas que se sacrificam para continuar vendendo sua imagem, uma imagem muitas vezes falsa, que não é natural.
Sofri muito também com comparações com minha irmã, ela sempre foi magra, diziam ser a herança genética que cada uma herdou, eu no caso fiquei com a mais difícil de trabalhar. Com isso as diferenças era em várias coisas, ela sempre teve roupas da moda, eu as que cabiam em mim, ela sempre foi rodeada de amigas, eu não conseguia cativar facilmente as pessoas, esforçava-me aos montes para mostrar um diferencial que muitas vezes não foi valorizado, sofri muito com minha irmã me excluindo da vida dela, nunca fui bem quista por ela, que muitas vezes usava os apelidos que colocavam em mim dentro de nossa casa. Fora outras coisas que não quero ficar remoendo, afinal eu sou vitoriosa por estar aqui valorizando minhas conquistas.
Não foi fácil chegar onde estou e não está sendo fácil continuar nessa jornada, pois sempre aparece um obstáculo a ser vencido e muitas vezes não é nada relacionado com minha RA. Quando entro em contato com minha família que está em outro estado, ressurgem fantasmas que não foram derrotados, coisas como as que eu descrevi no parágrafo acima. Em dezembro de 2007 estava no auge de minha RA, com as ligações de Natal/Ano Novo foi o bastante para que eu me desestimulasse a ponto de que voltar a engordar nesses últimos meses.
Não deveria deixar que essas coisas influenciassem na minha RA, esses traumas sempre voltam à tona quando alguma coisa está funcionando na minha vida. Preciso muito aprender a lidar com isso, para que eu consiga estar mais saudável possível e enfrentar de peito aberto outros problemas que naturalmente irão surgir.

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